segunda-feira, 10 de junho de 2013


Salvação para todo aquele que crê:

Tanto o Antigo como o Novo Testamento dão um testemunho completo de que os homens só podem receber os benefícios do evangelho através da fé. O credo de Habacuque é a fundação de toda religião verdadeira: “o justo viverá pela sua fé.”[6] Essas palavras são a chave para a salvação e a centelha de qualquer verdadeiro avivamento da religião. Sem essas palavras, a porta da salvação está fechada hermeticamente. A única senha para a glória é “eu creio”. Paulo evidencia isso em uma passagem que é notória por sua redundância: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.”[7]

A salvação não é pelas obras por duas razões fundamentais. Primeiro, o homem não tem nenhuma obra para mostrar. Não há nada em sua vida que mereça salvação, mas tudo que invoque a condenação de um santo Deus. É o testemunho da Escritura que não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que faça o bem.[8] Na verdade, o melhor do labor humano e suas maiores obras de altruísmo não são nada mais que trapo da imundícia diante de Deus.[9] Essas verdades devastam o orgulho do homem, mas devem ser pressionadas contra sua consciência a fim de extinguir qualquer esperança em autopromoção diante de Deus e esmagar qualquer pensamento de conquistas o favor da Deidade através da força de seu próprio braço. Um homem vem a Deus pela fé somente após ter percebido sua desamparada condição e clamado com o antigo compositor de hinos: “Nada em minhas mãos eu trago, somente a tua cruz me agarro”.[10]

Segundo, a salvação não é pelas obras, pois isso não glorificaria a Deus; isso lhe faria um devedor obrigado a recompensar a suposta virtude da criatura. Salvação pelas obras não é nada além de humanismo vestido de religião. É o homem mitológico erguendo-se do pó pela própria força de sua vontade de superar todas as adversidades e adquirir o prêmio. Por outro lado, a fé é a verdadeira religião. É o homem como ele é, “perdido e arruinado pela queda”, esvaziado de qualquer confiança própria e confiando na fiel promessa de um Deus salvador.[11] No épico drama da salvação pela fé, Deus é o herói, e só a ele louvamos grandemente. Assim como está escrito, “não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” e “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.[12]

[1] Atos 26.26
[2] Colossense 1.5-6
[3] Apocalipse 5.9
[4] Salmo 2.8
[5] Marcos 16.15; Mateus 28.18-20
[6] Habacuque 2.4; Romanos 1.17
[7] Gálatas 2.16
[8] Romanos 3.10-12
[9] Isaías 64.6
[10] Augustus M. Toplady, “Rock of Ages” [Rocha Eterna, tradução livre], 1775.
[11] Joseph Hart, “I Will Arise and Go to Jesus” [Levantar-me-ei e irei a Jesus, tradução livre], 1759.
[12] Salmo 115.1; 1 Coríntios 1.31; Romanos 3.27

Extraído do livro 9º capítulo do livro “O Poder e a Mensagem do Evangelho” de Paul Washer, a ser lançado pela Editora Fiel. Tivemos a oportunidade de traduzi-lo e o privilégio de poder compartilhar pequenos trechos de cada capítulo com vocês.
Tradução: Vinícius Musselman Pimentel. Versão não revisada ou editada. Postado com permissão.
© Editora Fiel. Todos os direitos reservados. Original: Um evangelho para todo aquele que crê (Paul Washer) [9/26]

terça-feira, 4 de junho de 2013

Vigília - Projeto Missionário Compaixão

Algumas fotos da nossa 1º vigília após o recesso. Vigília esta que foi realizada a partir de uma direção de Deus na vida do PMC - Projeto Missionário Compaixão, que nos fez entender que fará A diferença na vida do projeto como um todo e na vida de cada membro, como índividuo, como pessoa! A vigília foi uma benção, louvor, adoração e ORAÇÃO, exaltando o nome daquEle que é digno de toda honra e glória para sempre!
Santo, Justo, Digno, BENDITO seja aquele que era e que há de vir. (Ministério Hebrom - Santo de Israel).

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Porque é o poder de Deus para a salvação (Romanos 1.16)
Um evangelho salvador

Nas Escrituras, lemos que a salvação é o fim, ou alvo, da fé.[1] O mesmo é verdade com respeito ao evangelho. Na avaliação de Paulo, o maior dom que o evangelho proporciona a um homem é a salvação de sua alma. Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo fosse salvo através dele.[2] Através das eras, a salvação foi o glorioso tema da igreja e o assunto de seus maiores hinos. Santos do passado viam a salvação não como um dos inúmeros benefícios do evangelho a serem considerados, mas como o grande benefício, que quando recebido, tomava a vida de um crente de tal forma que ele não queria nada além disso. Salvação de si mesmo e do pecado, libertação da condenação e da ira, reconciliação com Deus e o conhecimento de Cristo são o suficiente!

Lamentavelmente, em décadas recentes, parece que a salvação perdeu algo de seu valor. Na opinião de muitos, a promessa da salvação não é uma motivação forte o suficiente para levar o pecador ao arrependimento ou o santo à verdadeira devoção, então precisamos adicionar muitas outras promessas para tornar o chamado do evangelho atrativo. Saúde e prosperidade, propósito e poder e conseguir o máximo dessa presente vida são as verdadeiras cartas do jogo do cristianismo contemporâneo. Na verdade, as próprias coisas que o púlpito promete e as pessoas nos bancos buscam são normalmente as próprias coisas que Jesus alertou que poderiam ser perdidas no decurso do verdadeiro discipulado.[3] De acordo com ele, um homem poderia ter que perder o mundo inteiro para ser salvo, e, ainda assim, ele considerava uma barganha conseguir a salvação a um custo tão pequeno.[4]

À luz do alto valor que a Escritura dá a salvação, por que esta promessa de salvação não mais impressiona por si só a alma moderna? Por que outras promessas mais terrenas precisam ser adicionadas para tornar o evangelho mais atraente para o homem contemporâneo? Primeiro, é porque os homens não compreendem sua condição deplorável. Assim como um homem rico não vê razão para se regozijar ao lhe ser dado um mero pedaço de pão até que uma reviravolta na vida lhe deixe pobre, assim o pecador não acha alegria na salvação até que seja revelada a horrível natureza de seu pecado e ele se veja como um desgraçado, miserável, pobre, cego e nu.[5] Segundo, é porque os homens não entendem a perigosa situação em que se encontram. Um homem estimará a salvação somente ao passo que ele entende algo dos terrores dos quais ele está sendo salvo. Uma clara visão do inferno e da ira de Deus dará ao homem uma apreciação mais apropriada da salvação oferecida através do evangelho. Terceiro, é porque os homens não entendem o custo infinito que foi pago para lhes assegurar a salvação. A redenção de uma alma é caríssima e além do que um homem possa pagar.[6] Somente Deus possui o valor a ser pago, e ele o pagou por completo através do precioso sangue do seu próprio Filho.[7] Pecadores que permanecem sem serem informados sobre a dignidade de Cristo tem pouca esperança de apreciar o que ele fez por eles no evangelho. Quarto, é porque os homens não regenerados são sempre assim. Cegos não encontram nenhuma beleza em um pôr do sol, surdos não são tocados nem pela mais bela sonata, e bestas selvagens não apreciam a arte. De forma similar, homens carnais, não regenerados e não convertidos são espiritualmente cegos e surdos à Palavra de Deus e servos de um coração bestial que prefere se alimentar de seu desejo animal do que provar e ver que o Senhor é bom.[8] Por essa razão, Jesus exclamou que a menos que um homem nasça de novo ele não pode “ver” o reino dos céus, quanto mais estimar seu valor.[9] Por essa razão, pessoas carnais enchem a lista de nossas igrejas – pessoas que frequentam por toda sorte de motivos, menos Cristo e uma fome por justiça.[10] As promessas mais práticas e momentâneas que foram adicionadas ao evangelho tornam-no mais atraente para eles, e eles continuam na igreja enquanto recebem o que querem. Isso alimenta suas carnes de uma forma religiosa, mas suas almas continuam mortas para Deus e para a esperança de verdadeira salvação.

[1] 1 Pedro 1.9
[2] João 3.17
[3] Mateus 16.24-26
[4] Marcos 8.36-37
[5] Apocalipse 3.17
[6] Salmos 49.8
[7] 1 Pedro 1.18-19
[8] Salmo 34.8
[9] João 3.3
[10] Mateus 5.6

Extraído do livro 8º capítulo do livro “O Poder e a Mensagem do Evangelho” de Paul Washer, a ser lançado pela Editora Fiel. Tivemos a oportunidade de traduzi-lo e o privilégio de poder compartilhar pequenos trechos de cada capítulo com vocês.
Tradução: Vinícius Musselman Pimentel. Versão não revisada ou editada. Postado com permissão.
© Editora Fiel. Todos os direitos reservados. Original: Um Evangelho Escandaloso (Paul Washer) [7/26]