domingo, 9 de março de 2014

A CONTRAINDICAÇÃO


A CONTRAINDICAÇÃO

por Morgana Mendonça dos Santos


"Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." 2Pe 3.18
O que temos recebido nos púlpitos domingo após domingo? Que tipo de mensagem temos saboreado? Que tipo de ensino tem cativado as nossas mentes e que tipo de edificação tem gerado em nós? A mensagem do Evangelho, as boas novas, tem sido pregada de forma expositiva e fiel? Cresçamos na graça e no conhecimento de Cristo Jesus.

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" 2Tm 3.16

Lendo os puritanos identifico o alvo da mensagem do evangelho: a resposta a tantas heresias é nada mais e nada menos que o deslocamento da centralidade das Escrituras. Homens piedosos do século XVI e XVII, que estavam preocupados com uma vida pura de acordo com as doutrinas da graça soberana de Deus, desafiavam a igreja e mantinham seus olhos atentos na manutenção do ensino das Escrituras. Seus corações eram motivados na necessidade de desenvolver um padrão pessoal de piedade, conforme as prescrições bíblicas, que flui do correto entendimento da doutrina com a ênfase na conversão pessoal resultante do poder transformador do Espírito Santo. Sentiam a necessidade de uma vida eclesiástica baseada na Palavra, conforme as determinações da Palavra. O soberano Deus triúno é adorado.


É interessante notar esse pensamento puritano, onde tudo é direcionado as Escrituras Sagradas. O que temos hoje de mensagem do Evangelho está distorcido, está comprometido com o relativismo, com o pragmatismo. As experiências tem autoridade final acima das Escrituras, a verdade sendo suprimida por paixões ideológicas, entretenimento e modismo nos púlpitos. Os sermões estão baseados nas sensações, naquilo que vai atrair as multidões. Na verdade os fins estão justificando os meios, sermões temáticos que encontram público ávido por pão e peixe, multiplicar, consolidar... As pessoas estão correndo atrás dos bezerros de ouro ao invés do sermão da montanha baseado nos mandamentos do Senhor.


Para um pregador puritano o texto não estava no sermão, mas o sermão estava no texto. Alguém ao ouvir uma mensagem dessas poderia simplesmente dizer: "Ouvir um sermão, para mim, é como estar dentro da Bíblia". Não existe nos escritos ou sermões puritanos alguma referência pessoal ou qualquer história contada, significando a importância que eles davam ao púlpito não podendo ser degenerado com uma pregação egocêntrica. Podemos olhar para a história da igreja, para a histórias dos pais e reformadores e notar o valor e o temor que tinham para pregar a mensagem do Evangelho. A nossa tarefa deve ser semelhante à dos puritanos, eles oravam para que a exposição fiel das Escrituras ligada a ação do Espírito Santo e aplicada aos corações dos ouvintes produzissem um sincero arrependimento para salvação e crescimento mútuo na vida dos crentes.

Seriamos mais sábios e úteis se buscássemos mais as Escrituras como faziam os puritanos: 

"Ame a Palavra de Deus em suas devoções pessoais, busque a benção de pensar biblicamente, de falar biblicamente, viver biblicamente e perceberá que sua palavra contém uma autoridade divina" 

Joel R. Beeke.


Agora questione-se: que mensagem do Evangelho tem sido oferecido a você todos os domingos? Pedro e Paulo nos advertem ao crescimento do conhecimento e da graça. Isso só é oferecido pelas Escrituras Sagradas que tem autoridade final, divinamente inspirada, proveitosa e apta! Do mesmo jeito que existe na bula de um medicamento a contraindicação é importante descrever a nossa. Não é pecado "o exame de tudo que se ouve". Em atos 17.11 vemos os crentes de Beréia:


"Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim"

Se você é um crente genuíno, autêntico, arrependido em Cristo, é necessário a contraindicação em suspeita de mensagens que contêm heresias de perdição, falsos ensinos, dissoluções, blasfêmias, espíritos enganadores, doutrinas de demônios.


"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade" 2Pe 2.1-2


"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência" 1Tm 4.1-2


"Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia" Sl 119.97

Sejamos profundamente bíblicos! A Deus toda a Glória, Rm 11.36.



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