sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Agora é a hora


Oração do Evangelista


O Desenho acima, com os sinais da matemática, representa e recorda os quatro pedidos que um crente que evangeliza deve fazer ao Senhor: Diminuir o poder de sua carne; Adicionar o governo de Deus; Dividir os dons recebidos do Senhor; Multiplicar o número de salvos.


Nem sempre nossa liderança tem atendido à necessidade dos crentes de aprender a orar. Quando os discípulos viram Jesus orando, pediram a ele que os ensinasse a orar como João havia ensinado os discípulos dele. Jesus não se recusou. O Mestre ensinou a oração conhecida como “do Senhor” ou “Pai nosso”, modelo para nós até hoje. A oração do evangelista, prepararada pela AMME, tem o mesmo objetivo: ensinar a igreja a orar sobre os aspectos mais importantes para a evangelização.


Para ensinar a igreja a orar de modo evangelístico, primeiro enfatize os benefícios da oração. Aqui estão alguns benefícios que destacamos: Orar constrói nosso propósito; Orar ajuda a manter o foco; Orar agrada a Deus; Orar exercita a obediência; Orar desenvolve a sabedoria; Orar também é agir.


Depois de despertar o interesse para a oração, trabalhe cada um dos elementos da oração do evangelista, enfatizando sua importância:


Declare a sua fé – “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6) – Faça uma declaração de fé usando os conceitos da Grande comissão dada por Jesus. Diga com toda convicção:“Senhor, creio que todo crente deve ir por todo mundo e pregar todo Evangelho a toda criatura. Para fazer isso, eu te peço:” Na AMME chamamos este conceito de Evangelização Total.


Ore para diminuir – peça que o Senhor tire de sua vida tudo que tem atrapalhado sua comunhão como Senhor: “Quero menos de minhas vontades e opiniões;”


Ore para somar – peça ao Senhor que aumente aquilo que, na Palavra, temos garantido ser o melhor para sua vida: “Quero mais do teu governo e poder em mim;”


Ore para dividir – peça ao Senhor que abra os seus olhos para perceber o que está em sua vida para ser bênção não apenas para você, também para as pessoas que estão a sua volta: “Quero dividir meus dons com quem necessite;”


Ore para multiplicar – peça ao Senhor que o ajude a cumprir o grandioso propósito que Ele tem para nossas vidas: levar a salvação a milhões de pessoas de todos os povos, línguas e nações: “Quero multiplicar o número de salvos no teu Reino.”


Finalmente, complete sua oração com estas palavras: “Isso Te peço em nome de Jesus, crendo que receberei. Amém.”


Para facilitar e motivar, esta oração foi associada às operações básicas da matemárica (diminuir, somar, dividir e multiplicar). Um símbolo especial, que você pode ver na barra logo abaixo do título, foi criado para recordar a importância de orar e este símbolo foi usado em banners, botons, cartões e apostilas.


Tal e qual Jesus, quando ensinou seus discípulos a orar, vimos muitos crentes testemunhando que finalmente haviam aprendido a orar. Esta forma de orar tem sido tão benéfica que a AMME prepara uma campanha denominada “Agora é Hora”, com vários ítens que levam o símbolo da Oração do Evangelista, para incentivar e estimular a oração do evangelista.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um estouro de ideia!

Uma ideia criativa de como usar a ciência para anunciar uma verdade espiritual que pode mudar a vida de muitos adolescentes e jovens que você conhece.

Acompanhe-me nos passos a seguir para a preparação e apresentação dessa evangelização com objeto, a partir daqui chamada de “ECO”.

1. Preparação:


-Considere seu propósito: A evangelização


- Leve em conta o seu público: Adolescentes e jovens 12 a 18 anos


- Estabeleça um objetivo: A verdade bíblica é Pv 15.22 “Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso” (faça um estudo profundo do texto)


- Procure os objetos: Duas bexigas da mesma cor, um isqueiro e água

2. Apresentação:

- Estabeleça o ponto a ser tratado: Por que muitas coisas dão errado em nossa vida? Quando planejamos algo e isso não dá certo, por que isso acontece? Tantos amigos em situações tão complicadas, como doentes por causa de drogas ou por praticarem sexo na hora errada, presos por irem no embalo de outros, enfim, tantas decisões erradas frustram e entristecem. Vou mostar por que isso ocorre.

- Apresente o objeto: Proponho um desafio. Tenho em minha mão duas bexigas da mesma cor e feita do mesmo material, notem que elas são diferentes, por quê? (Devem responder que é porque uma está cheia de ar e outra cheia de água. Após a resposta, você então propõe o desafio). Que acontece se eu pegar um isqueiro e acender bem embaixo dessa bexiga? (a de ar) Que acontece? (respondem que vai estourar, então você continua). Vamos ver (a bexiga estoura). Pois bem, o que acontece então se acender esse isqueiro embaixo dessa bexiga? (a de água) Que acontece? (Alguns sabem a resposta, mas no momento é gerada uma dúvida). Que acontece? Nada? Por que a bexiga não estoura? (Todos ficam espantados).

- Ensine a verdade espiritual: Por que muitas coisas dão errado em nossas vidas, foi essa a pergunta, certo? Viram a resposta? A bexiga que estourou com o fogo pode representar as frustrações e as coisas que dão errado, não tinha nada dentro dela que resistisse ao fogo da vida

- Fundamento bíblico: Deixe-me falar de um provérbio (nesse momento você ensina sobre provérbios 15.22 que você estudou na preparação)

- Faça um apelo: E a bexiga que não estourou? Por quê? (explique o fenômeno físico: a água que está dentro da bexiga absorve o calor do fogo mais rápido que o plástico da bexiga e ela não estoura) Agora gostaria de saber com que você se assemelha. Se está cheio de conselheiros, ou não, está vazio e sem nenhum conselheiro (faça o apelo baseado no que o texto está querendo, que é mostrar a importância dos conselhos e de muitos conselheiros para que os planos deem certo).

Você tem uma interessante ECO para afetar adolescentes e jovens no processo decisório.
Este artigo foi extraído da Revista Evangelizar, Edição 15.
A Revista Evangelizar é a primeira revista especializada em assuntos de evangelização. A cada mês você encontra ferramentas práticas para evangelizar crianças, adolescentes, jovens e adultos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Memórias do cárcere - Shi Weihan

O que se passa na mente de um réu um dia antes de seu julgamento? Numa carta escrita em sua cela, Shi Weihan nos dá a oportunidade de reviver com ele os eventos de 10 de junho, dia em que foi condenado.


Os guardas da prisão não me falaram nada do julgamento. Naquele dia, fui intimado tão rapidamente, depois do desjejum, que não tive tempo de me trocar. Acabei indo no uniforme amarelo da prisão. Na van que me levaria ao tribunal estavam outros 15 prisioneiros – seis espremidos de cada lado, e três encolhidos no centro – todos com as mãos algemadas atrás das costas. Vi mais duas vans com mais 15 presos em cada. Um jipe com policiais do tribunal escoltavam o comboio. Não podíamos conversar na van, mas pudemos ouvir o diálogo entre os policiais: só eu seria julgado no “Fórum do Colegiado”; os demais seriam julgados no “Fórum Simples”.

Orando pelo caminho Fiquei orando durante todo o trajeto, entregando-me totalmente a Deus. Ouvi então essas palavras: “Você faz parte do meu plano. Cada passo que você der o levará para mais perto da vitória. Você é meu filho; a minha graça lhe basta”. Meus olhos se encheram de lágrimas, tentei disfarçá-las o máximo que pude. Então orei: “Seja qual for a sua vontade, Senhor, por favor, me dê forças!”. Os motoristas da van estavam a toda velocidade. De repente, duas vans frearam bruscamente. Foi tão forte que as algemas me cortaram. Naquele momento, me senti sendo tratado pior que um porco. Durante dois meses eu estivera isolado do resto do mundo. Mas não me senti animado a olhar as ruas e a cidade ao meu redor. Ficava orando para não passar mal dentro da van. No porão do tribunal Logo chegamos ao porão do fórum.

Alguns policiais vieram e nos levaram para dentro, em fila única. No porão, algemaram as minhas mãos pela frente e me trancaram em um cubículo com uma tela de vidro, enquanto os outros prisioneiros eram divididos em grupos de sete ou oito pessoas, e trancados em outros cubículos. Sentei em um banco para descansar, esperando que as náuseas passassem. Os policiais do tribunal se reuniram em frente aos cubículos para receber instruções. O ar estava carregado de tensão. Respirei mais devagar para tentar ouvir a conversa deles. O polícia encarregado deu aos demais um pequeno bastão elétrico e lhes orientou: “Se algum prisioneiro não aceitar a decisão do juiz, não bata nele dentro da sala de audiência. Faça isso depois que o trouxer ao porão. Entenderam?”.

Eles responderam em uníssono: “Entendido”. Depois que foram liberados, diversos policiais testaram seus bastões. O estalo das faíscas chegou aos meus ouvidos. Era um som apavorante. Um pensamento me sobreveio: “Se eu for o único a ser sentenciado, por que há tantos policiais?”. Foi como um mau presságio. Entrando na sala de audiências A policial me chamou três vezes. Ela parecia tão séria que me perguntava se esse seria um bom sinal. Qual seria a duração da minha sentença? Será que eu seria inocentado? Ou receberia um ano e meio, três, cinco, oito, dez anos?

Qualquer coisa era possível. Mas eu dizia a mim mesmo que era um servo de Deus com a consciência limpa – nunca falhei com meu país, sua sociedade, seu povo e sua igreja! Ouvi meu nome pela quarta vez. Respondi que estava no primeiro cubículo e dois policiais abriram a tela de vidro e me levaram para fora. No primeiro andar, me fizeram agachar de frente a uma parede, com a cabeça curvada. Um guarda alto e robusto veio e tirou uma fotografia desagradável para o meu perfil: descalço, com o uniforme amarelo e com a cabeça curvada em direção da parede.

O juiz chegou cercado por policiais uniformizados. Eles trocaram algumas palavras e entregaram à secretária do tribunal um documento, instruindo-a depois a me trazer para a sala. Um guarda me empurrou com violência para o chão antes de soltar minhas algemas. Finalmente entrei na sala de audiência, seguido por Tian e outros cinco funcionários da gráfica. Orei: “Senhor, me dê forças”. Dois policiais me seguraram pelos ombros e me escoltaram para a cadeira do réu. Olhei rapidamente para o rosto das pessoas sentadas do outro lado e vi meus pais, Zhang Jing [esposa de Weihan]... Senti muita saudade deles. Uns minutos depois, o juiz entrou na sala. Ele fez duas perguntas curtas e depois nos mandou ficar em pé para recebermos nossas sentenças.

Mas eu não consegui ouvir o que ele dizia. Minhas emoções estavam em polvorosa, pois eu fiquei muito feliz em ver minha família de novo. Tentei me acalmar e conter as lágrimas que me enchiam os olhos. Quando o juiz disse meu nome, fui trazido de volta à realidade. “Três anos de prisão e multa de 150 mil yuans”, ele disse. Aceitei a sentença com calma. Estava esperando ser condenado a 12 anos de prisão, no mínimo, por causa das 2,5 milhões de Bíblias que foram descobertas e das 10 milhões que já haviam sido distribuídas.

Três anos eram aceitáveis – passariam num piscar de olhos. Se o governo queria ser tolerante, deveriam ter feito algo antes. Esse caso foi complicado para eles também. Depois que cada um de nós escutou sua sentença, fomos algemados de novo para sair do tribunal. Virei-me para ver minha família, levantei a mão, acenei para eles e sorri. Embora não tivéssemos trocado nenhuma palavra, meus olhos comunicaram a bênção de Deus a eles. Seremos fortes no Senhor! O guarda me puxou pelas mãos, para me fazer sair rápido. Ao baixar as mãos e me virar para ir embora, ouvi minha esposa dizer bem alto: “Shi, eu amo você!”. Dessa vez não conseguir segurar o choro. Sai da sala com a cabeça baixa, e sem olhar para trás, porque não queria que minha esposa e meus pais vissem o marido e filho deles chorando. “Três anos em troca de milhões de almas”

Fomos levados de volta aos cubículos no porão. Ninguém resistiu, então os policiais não tiveram oportunidade de usar seus bastões elétricos. Sozinho de novo em meu cubículo, não tinha por que segurar as lágrimas. Então chorei até não haver mais lágrimas. Enquanto me acalmava, me ajoelhei de frente para a parede e agradeci meu Pai. Ouvi a mesma voz soando de novo e de novo em meus ouvidos: “Meu filho, a minha graça lhe basta”. Na volta para a prisão, aproveitei o cenário e observei as pessoas na rua. Eu podia dizer sinceramente em meu coração: “Senhor, tu és tremendo!”. Passei o resto do dia em alegria. Falta só um ano para eu voltar à minha família.

Três anos de prisão em troca de milhões de almas – vale totalmente a pena!

Uma porção das Escrituras que tem me fortalecido veio-me à mente: De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que em nós atua a morte, mas em vocês, a vida (2 Co 4.8-12)

Shi agradece seus intercessores